Trilha das Muralhas

Maio de 2003. O terreno espalhava-se por cerca de 16 hectares. Casas, currais e duas pequenas bacias de águas represadas indicavam um lugar bem estruturado. Estradas de terra cortavam um cerrado pouco denso em várias direções. Era só mais uma fazenda entre as milhares que picotavam Minas Gerais naquele tempo.

Mas em algum momento entre 2003 e 2010, a vegetação tomou conta. Onde era um imenso descampado, um mato rasteiro fez vibrar um verde acentuado. As estradas aos poucos esconderam-se sob gramíneas, erosões naturais e cupinzeiros. Ainda restam manilhas que nada conduzem e cercas que nada dividem. Rastros humanos perderam o sentido. A fazenda desapareceu.

Panorâmica da região da fazenda

Panorâmica da região da fazenda

Hoje, um córrego de águas transparentes corre solitário ao lado do que um dia fora a fazenda. Em sua lenta descida nas encostas da serra, paredões de pedra – típicos da região – vão formando quedas de até 30 metros de altura. São 4 cachoeiras, verdadeiras muralhas.

Em outra expedição, o Trilhas Perdidas alcançou a 4ª Muralha e visitou a Cachoeira do Gado Bravo, cujo acesso é através da fazenda de um francês bravo que aparece por lá poucas vezes ao ano e que dificilmente permite a entrada de visitantes em suas propriedades. Aliás, já nos antecipando ao possível alargamento de suas divisas, provisoriamente chamaremos toda a região de Vale do Francês.

Enfim, muralha por muralha, aqui estão as imagens:

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