Um dos passos mais importantes na etapa de planejamento de uma expedição exploratória é, evidentemente, traçar caminhos usando imagens de satélite. Tarefa aparentemente simples, mas eventualmente trabalhosa. É preciso garantir que o usuário-navegador entenda rapidamente em que trecho ele está, para onde está indo, quais as alternativas possíveis e o que esperar pela frente.
Para dar essas garantias, nosso modelo de tracklog envolve marcar as seguintes trilhas:
- Trilha Principal: caminho que servirá de referência para a expedição. Cor: qualquer uma desde que se destaque em fundo branco e colorido e não se confunda com outras cores já definidas;
- Trilhas Secundárias: são caminhos que encurtam ou facilitam a trilha principal. Cor: laranjado;
- Trilhas de Escape: são caminho que, em caso de emergência, levam rapidamente a um fazenda ou outro lugar com o mínimo de infra-estrutura. Todo um estudo deve ser feito para definir a rota de escape. Não só distância deverá ser levada em conta, mas também perfil de elevação e o tipo de terreno e vegetação circundante. Cor: vermelho;
Após traçar os caminho, é preciso dar uma analisada geral e marcar os seguintes locais:
- Pontos de Apoio: fazendas, casas ou qualquer outra estrutura que possa servir de apoio. Trilhas geralmente começam nesses locais. Ícone:
; - Pontos de Camping: lugar propício para montar acampamento. Ícone:
; - Montanhas/Morros: elevações significativas para os padrões da trilha. Não precisa necessariamente estar dentro da trilha (elevações próximas podem ser marcadas). No Google Earth, marque cada pico que se destaca no Perfil de Elevação. Ícone:
; - Inclinações Perigosas: elevações que envolvem inclinação incerta ou perigosa. Ex: lugares muito íngremes, descidas/subidas em solo frágil etc. Ícones:
; - Pontos de Interesse: cachoeiras, montanhas (se forem destinos finais ou principais da trilha), cavernas etc. Ícone:
; - Pontos de Coleta D’Água: lugares que podem ser usados para reabastecer o cantil. Lugares óbvios não precisam ser marcados. Ícone:
; - Mata Fechada: regiões de mata fechada por onde a trilha passa. São marcadas também quando servem de referência. Colocar apenas alguns ícones ao longo da região, de forma a não atrapalhar a visualização. Ícone:
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Por fim, algo opcional, mas que pode fazer a diferença em dispositivos GPS que não mostram mapas, é traçar o curso de rios importantes para a região da expedição. Use a cor azul para esses traçados.
Vejam um exemplo de trilha traçada nesse modelo de tracklog:
Exemplo: Trilha do Constantino
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Visualizando em Dispositivos GPS
A grande utilidade desse modelo de tracklog é que o usuário tem uma noção imediata e geral da trilha: os ícones e os padrões de cor entregam rapidamente o significado das coisas. Mas os adeptos de GPS dedicado – como o Garmin – terão problemas nos modelos que não permitem a visualização completa de todas as trilhas marcadas e dos ícones utilizados. Eles em geral alteram os ícones e subdividem as trilhas, de forma que o usuário consegue abrir ou trilha principal, ou a trilha secundária ou a de escape. Nunca todas elas juntas.
Aplicativos de smartphones em geral não sofrem disso. O OruxMaps exige apenas que você importe a trilha em formato KMZ (KML não funciona) e como Overlay (clique em “Carregar camada KML” lá no app). O interessante é que você poderá escolher o que será visualizado, bastando clicar em “Ajustar camadas KML” e selecionar o que você não quer ver no tracklog (você pode, por exemplo, não querer ver o traçado do rio ou os ícones de mata fechada). Talvez seja necessário mudar a cor padrão que o OruxMaps define para as linhas, para que não se confunda com a cor de algum padrão que estamos utilizando.
É isso, por enquanto. Com o tempo vamos refinando esse modelo e publicando aqui as alterações. Até a próxima!
Trilhas Perdidas 